Educação sanitária na área portuária de Santana visa barrar mosca da carambola

A Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária do Amapá (Diagro), em parceria com a Superintendência do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SFA/Mapa), intensifica ações de educação sanitária nas embarcações fluviais que aportam na área portuária do município de Santana. 

O objetivo da atividade, que não tem data para se encerrar, é sensibilizar a população sobre o risco do transporte de frutos hospedeiros da mosca da carambola do Amapá para outras unidades da Federação. A praga ataca a fruticultura e ameaça as exportações brasileiras de frutas "in natura" caso chegue às grandes regiões produtoras do país. 

Além da orientação aos usuários das embarcações, os fiscais da Diagro e do Mapa fazem a distribuição de materiais educativos como panfletos, cartazes e folhetos sobre os programas desenvolvidos pela Agência no monitoramento e combate da mosca da carambola, que ataca mais de 100 espécies de fruteiras. 

Entre elas, são referidos os seguintes hospedeiros: primários (carambola, goiaba, manga, maçaranduba, sapoti, jambo vermelho, laranja caipira ou da terra) e secundários (caju, jaca, acerola, gomuto, abiu, laranja doce, pomelo, tangerina, fruta-pão, pitanga, tomate, bacupari, cajá ou taperebá, jambo branco e rosa, jambo d'água, jujuba, pimenta e amendoeira). 

O gerente do Núcleo de Defesa Vegetal, Charles Ferreira Brito, explica que essas ações ocorrem em paralelo às medidas de controle da população da mosca já realizadas pelos órgãos federais e estaduais, envolvendo a pulverização, técnicas de aniquilamento dos machos da mosca em todo o Estado. Segundo diretor-presidente da Diagro, Marco Antonio Silva e Sousa, a praga não traz riscos à saúde, o único prejuízo é financeiro e os países que compram do Brasil não aceitam frutos das regiões que tenham a mosca da carambola. "Estamos situados numa região de fronteira, próximo a países que não têm um sistema de defesa agropecuário fortalecido, portanto somos vulneráveis a essas pragas, mas trabalhamos para impedir a disseminação dessa praga no Brasil", ponderou. 

A mosca da carambola é uma praga poderosa que foi introduzida no Continente Americano em 1975, provavelmente oriunda de voos entre a Indonésia e o Suriname. Passou, em 1989, para a Guiana Francesa e, em 1996, para o município de Oiapoque, no Estado do Amapá.

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