Esgoto é despejado próximo a antiga reserva ambiental

O Movimento Pró-Revecom, uma organização não governamental criada para ajudar a Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Revecom, localizada na Vila Amazonas, no município de Santana, a continuar com suas atividades ecológicas e cobrar ações mais efetivas de poder público, atualmente tenta conversar com a Companhia de Água e Esgoto do Amapá (CAESA), para que um vazamento bruto de esgoto no Rio Amazonas que deságua atrás da RPPN. 

No último dia 11 de abril foi protocolado um ofício na Caesa, solicitando audiência com o diretor da companhia para tratar sobre a situação do esgoto que vem prejudicando o desempenho das funções da referida Unidade de Conservação. Segundo membros do Movimento Pró-Revecom, desde 1999 o esgoto vem sendo despejado nos arredores da reserva, ano em que foi encaminhado a primeira carta informando sobre o vazamento de esgoto da Caesa. 

A companhia já realizou duas obras para corrigir o problema, porém esta continua e está causando graves impactos, como, “a fauna vivente no Igarapé Mangueirinha que nasce dentro da reserva. Tivemos impacto considerável das comunidades de crustáceos (...), os peixes também vem sofrendo com a poluição. Os alevinos (filhotes de peixes) de diversas espécies também diminuíram, como o Pacu, Pacu-Branco, Pirapitinga, Tambaqui. Todos esses animais são da cadeia alimentar, diversas aves se alimentam desses animais e também tivera suas comunidades reduzidas por conta da falta de alimento”, explica um dos membros do Movimento Pró-Revecom, Yuri Silva. 

A visitação também está sendo prejudicada, pois de acordo com informações, algumas crianças passaram mal, devido à inalação do gás carbônico do esgoto, assim, as aulas de passeio que ocorriam costumeiramente foram suspensas para evitar maiores danos e não colocar a vida das crianças e dos demais visitantes em perigo. 

As unidades de conservação desempenham papel de extrema importância para o meio ambiente, os chamados serviços ambientais, como a purificação do ar, manutenção das chuvas, proteção da biodiversidade entre outros. Atualmente a reserva está atuando com suas atividades reduzidas, mas não completamente fechada e os responsáveis pelo ofício, acreditam que ainda essa semana, receberão uma resposta da Caesa.

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