Comércio amapaense usa das promoções e descontos para enfrentar crise

Loja de calçados recém-inaugurada em Santana
No início deste mês, um novo estabelecimento comercial – no ramo de calçados e bolsas diversificadas – foi inaugurado em Santana, buscando desta forma, aquecer a economia em nosso Estado. 

Porém, segundo informações de uma funcionária recém-contratada pelo novo estabelecimento (que não autorizou a divulgação de seu nome), as expectativas aplicadas durante a inauguração da nova loja não foram bem atingidos. 

“Foram colocados em promoções mais da metade dos calçados da loja em até 60% de desconto se pagassem à vista, mas teve vendedor que não atingiu metade da meta esperada no dia da inauguração”, lamentou a funcionária, que acredita na possibilidade de haver demissões de pessoas da referida loja em virtude da crise que vem se prolongando no país, onde a própria economia (formal ou informal) vem encontrando dificuldades para se desenvolver em várias áreas. 

Mesmo observando que o período em questão (o mês de julho) não oferece uma boa imagem para o comércio amapaense, a melhor alternativa é comercializar os produtos na base das promoções e dos descontos que melhor podem favorecer o consumidor interessado, independente dos possíveis lucros ou prejuízos que o comerciante vai obter. 

“Não adianta esperar que vai ter lucro agora, em meio essa crise que estamos vivendo, que não é essa expectativa para o comércio amapaense. Possivelmente isso vai demorar um pouco mais para se erguer novamente”, garantiu Marcos Cardoso, presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) de Macapá. 

Descontos chegam a 85% na venda
De acordo com Marcos, mais de 10 dos mais conhecidos empreendimentos comerciais do Estado estão buscando de todas as maneiras “eliminarem” produtos e mercadorias que estão em estoque desde o início deste ano, quando a crise econômica já estava afetando centenas de empregos diretos e indiretos. 

“Como as vendas do final de ano foram equilibradas, o Dia das mães já não foi tão positivo, daí que vários empresários decidiram pelo dia dos namorados para tentar ‘eliminar’ uma boa quantidade de produto que já estava guardado há meses”, explicou. 

Se vendo na única alternativa de não perderem uma grande quantidade de mercadorias adquiridas fora do Estado, os comerciantes estão liquidando os produtos na base de promoções e altos descontos no pagamento à vista, variando de produto a ser comprado. 

“Tem loja de calçados em Macapá que está dando até 65% na compra à vista e 40% no cartão, já em Santana tem lojas de roupas que já chegam a dar até 85% na compra direta (dinheiro à vista) e ainda dão outra peça (camiseta ou vestimenta íntima) como brinde. É tudo para não perder aquelas mercadorias de estoque”, finalizou o presidente da CDL.

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